En este trabajo proponemos analizar el modo en que el actual gobierno entiende la política –y el conflicto inherente a ella– con el objetivo de interrogarnos acerca de la posibilidad de construir espacios de resistencia en el marco de un avasallante régimen neoliberal que atenta deliberadamente contra la participación en los asuntos públicos, como así también contra las condiciones materiales de vida de gran parte de la sociedad. Habiéndose cumplido ya diez años desde su ingreso al gobierno de la ciudad de Buenos Aires, el pro trajo consigo un discurso que gira en torno a una nueva promesa política que incluye grandes redefiniciones acerca del rol del Estado, sus funcionarios y las políticas públicas; de las identidades políticas, la militancia y el pasado reciente. En suma, propone una nueva forma de ver y habitar la política que tiene grandes repercusiones sobre el modo en que se enfrenta al conflicto. Desarrollaremos aquí algunas de ellas porque creemos que es necesario pensar en este nuevo fenómeno de acciones y de performances públicas, más allá de la suposición de que se trata tan solo de envasadas estéticas construidas por expertos del marketing. Si bien no puede obviarse el hecho del que el pro construya sus presentaciones públicas de acuerdo con cuidados patrones de la mercadotecnia, estos no alcanzan a explicar su triunfo como partido de gobierno.
In this paper, we propose to analyze the way the current government understands politics—and the conflict inherent within it—with the aim of questioning the possibility of building spaces of resistance within the framework of an overwhelming neoliberal regime that deliberately undermines participation in public affairs, as well as the material living conditions of a large part of society. Ten years after his entry into the government of the city of Buenos Aires, the pro brought with him a discourse that revolves around a new political promise that includes major redefinitions of the role of the state, its officials, and public policies; of political identities, militancy, and the recent past. In short, he proposes a new way of seeing and inhabiting politics that has profound repercussions on how it addresses conflict. We will develop some of them here because we believe it is necessary to consider this new phenomenon of public actions and performances, beyond the assumption that they are merely packaged aesthetics constructed by marketing experts. While the fact that the Pro Party constructs its public presentations according to carefully crafted marketing patterns cannot be ignored, these do not explain its success as a governing party.
Neste artigo, propomos analisar a forma como o atual governo compreende a política — e o conflito a ela inerente — com o objetivo de questionar a possibilidade de construir espaços de resistência no contexto de um regime neoliberal avassalador que mina deliberadamente a participação nos assuntos públicos, bem como as condições materiais de vida de grande parte da sociedade. Dez anos após sua chegada ao governo da cidade de Buenos Aires, o pró trouxe consigo um discurso que gira em torno de uma nova promessa política que inclui importantes redefinições do papel do Estado, de seus agentes e das políticas públicas; das identidades políticas, da militância e do passado recente. Em suma, ele propõe uma nova maneira de ver e habitar a política que tem profundas repercussões na forma como ela aborda o conflito. Desenvolveremos algumas delas aqui porque acreditamos ser necessário considerar esse novo fenômeno de ações e performances públicas, para além da suposição de que sejam meras estéticas empacotadas, construídas por especialistas em marketing. Embora o fato de o Partido Pró construir suas apresentações públicas de acordo com padrões de marketing cuidadosamente elaborados não possa ser ignorado, isso não explica seu sucesso como partido governante.