Hannah Arendt e Isaiah Berlin fueron dos intelectuales judíos contemporáneos que se enfrentaron filosófica y políticamente a la experiencia totalitaria. Las posiciones que ambos asumieron sobre la actuación del sionismo durante y después de la guerra y las profundas críticas que dirigieron hacia la asimilación judía dan cuenta de la existencia de una serie de preocupaciones compartidas desarrolladas a lo largo de la década de los 40 y que, en cierto modo, pueden ser leídas como la antesala de las profundas divergencias en torno al concepto de libertad analizado a fines de los 50 y principios de los 60. Finalmente, el evidente –aunque no abierto– diálogo entre ambos pensadores se acentúa con la profunda controversia que ocasiona la publicación de Arendt Eichmann en Jerusalén en 1963. En este marco, el objetivo de nuestro trabajo es reconstruir la polémica que se desarrolla entre los dos intelectuales en torno al enjuiciamiento de Eichmann y el peso que allí adquiere el concepto de responsabilidad a la luz de las nociones de libertad que ambos pensadores elaboran.
Hannah Arendt and Isaiah Berlin were two contemporary Jewish intellectuals who confronted the totalitarian experience philosophically and politically. The positions they both took on the actions of Zionism during and after the war and the profound criticisms they directed toward Jewish assimilation reflect the existence of a series of shared concerns that developed throughout the 1940s and which, in a certain way, can be read as the prelude to the profound divergences surrounding the concept of freedom analyzed in the late 1950s and early 1960s. Finally, the evident—although not open—dialogue between the two thinkers was accentuated by the profound controversy sparked by Arendt's publication of Eichmann in Jerusalem in 1963. Within this framework, the objective of our work is to reconstruct the polemic that developed between the two intellectuals regarding the prosecution of Eichmann and the weight that the concept of responsibility acquired there in light of the notions of freedom that both thinkers elaborated.
Hannah Arendt e Isaiah Berlin foram dois intelectuais judeus contemporâneos que confrontaram filosófica e politicamente a experiência totalitária. As posições que ambos assumiram sobre as ações do sionismo durante e após a guerra e as profundas críticas que dirigiram à assimilação judaica refletem a existência de uma série de preocupações compartilhadas que se desenvolveram ao longo da década de 1940 e que, de certa forma, podem ser lidas como o prelúdio das profundas divergências em torno do conceito de liberdade analisado no final da década de 1950 e início da década de 1960. Por fim, o diálogo evidente — embora não aberto — entre os dois pensadores foi acentuado pela profunda controvérsia deflagrada pela publicação de Eichmann em Jerusalém por Arendt, em 1963. Nesse contexto, o objetivo do nosso trabalho é reconstruir a polêmica que se desenvolveu entre os dois intelectuais a respeito do processo contra Eichmann e o peso que o conceito de responsabilidade adquiriu ali à luz das noções de liberdade que ambos elaboraram.