El artículo se inscribe en proyectos de investigación desarrollados en la Universidad Nacional de General Sarmiento que indagan en las prácticas de evaluación en los momentos críticos de las transiciones entre niveles educativos. En este marco, se focaliza en los dilemas y debates presentes en las decisiones acerca de la acreditación en las comisiones evaluadoras de diciembre y febrero que establece el Régimen Académico (2011) para el nivel secundario de la provincia de Buenos Aires. Se analizan entrevistas sobre prácticas de evaluación de aprendizajes realizadas a 24 docentes de primer año de 6 escuelas secundarias de los distritos de Moreno y San Miguel. El artículo busca dar cuenta de la variedad de criterios que se tensionan en la toma de decisiones en estas instancias. Con tal propósito, presenta variaciones en los criterios en relación a la selección de contenidos y a la calificación en las Comisiones Evaluadoras, así como al lugar otorgado a los períodos de orientación y apoyo. Se dedica especial atención a las interpretaciones construidas por los y las docentes acerca de la estipulación en la normativa de la aprobación con 4 (cuatro) en las Comisiones Evaluadoras en comparación con el mínimo de 7 (siete) requerido durante el ciclo lectivo. La sistematización realizada muestra cómo, más allá de los avances en las regulaciones en los últimos años, los y las docentes han ido construyendo abanicos variados y singulares de estrategias y criterios para definir la aprobación o desaprobación de la materia que dictan. Estos criterios evidencian las tensiones generadas en el binomio selectividad-inclusión que caracteriza al proceso de expansión de la educación secundaria, y ponen en tensión lo normado con dilemas estructurales que enfrenta el sistema educativo.
This article is part of a research project developed at the National University of General Sarmiento that investigates assessment practices at critical moments of transitions between educational levels. Within this framework, it focuses on the dilemmas and debates surrounding accreditation decisions made by the December and February assessment committees established by the Academic Regime (2011) for secondary education in the province of Buenos Aires. Interviews on learning assessment practices conducted with 24 first-year teachers from six secondary schools in the districts of Moreno and San Miguel are analyzed. The article seeks to account for the variety of criteria that come into play in decision-making at these levels. To this end, it presents variations in the criteria regarding content selection and grading by the Assessment Committees, as well as the role given to orientation and support periods. Special attention is paid to teachers' interpretations of the regulations' stipulation that a passing grade of 4 (four) be required by the Evaluation Committees, compared to the minimum of 7 (seven) required during the school year. The systematization shows how, beyond the advances in regulations in recent years, teachers have developed varied and unique ranges of strategies and criteria to define the passing or failing grades in the subjects they teach. These criteria highlight the tensions generated in the selectivity-inclusion binomial that characterizes the expansion of secondary education and put the regulations in tension with the structural dilemmas facing the education system.
Este artigo faz parte de um projeto de pesquisa desenvolvido na Universidade Nacional General Sarmiento que investiga as práticas de avaliação em momentos críticos de transição entre níveis educacionais. Nesse contexto, o artigo se concentra nos dilemas e debates em torno das decisões de acreditação tomadas pelas comissões de avaliação de dezembro e fevereiro estabelecidas pelo Regime Acadêmico (2011) para o ensino médio na província de Buenos Aires. São analisadas entrevistas sobre práticas de avaliação da aprendizagem realizadas com 24 professores do primeiro ano de seis escolas secundárias dos distritos de Moreno e San Miguel. O artigo busca dar conta da variedade de critérios que entram em jogo na tomada de decisões nesses níveis. Para tanto, apresenta variações nos critérios de seleção de conteúdos e classificação pelas Comissões de Avaliação, bem como o papel atribuído aos períodos de orientação e apoio. Especial atenção é dada às interpretações dos professores sobre a estipulação do regulamento de que a nota mínima de 4 (quatro) seja exigida pelas Comissões de Avaliação, em comparação com o mínimo de 7 (sete) exigido durante o ano letivo. A sistematização mostra como, além dos avanços na regulamentação nos últimos anos, os professores desenvolveram estratégias e critérios variados e singulares para definir as notas de aprovação ou reprovação nas disciplinas que lecionam. Esses critérios evidenciam as tensões geradas no binômio seletividade-inclusão que caracteriza a expansão do ensino médio e colocam o regulamento em tensão com os dilemas estruturais que o sistema educacional enfrenta.