El artículo busca examinar los impactos de la pandemia por COVID-19 sobre el mercado del trabajo y la producción en el contexto argentino reciente, dando cuenta además de los problemas estructurales que el país ha venido atravesando en las últimas décadas. Sobre la base de un abordaje metodológico mayormente cuantitativo, con eje en las grandes segmentaciones del mercado de trabajo en Argentina y sus implicancias a nivel sectorial -en especial, sobre la producción industrial-, se busca analizar el escenario pre-pandemia y actual a partir de la irrupción del coronavirus. En particular, la pandemia refuerza la fragilidad precedente de la estructura ocupacional y productiva en un contexto socio-económico débil y variable con problemas de larga data. Los diferentes efectos sobre las categorías ocupacionales y la dualización laboral exhiben la gravedad de la situación con problemas de inserción y aumento de la precariedad como tendencias. Por otra parte, se observa un entramado productivo afectado por los vaivenes recurrentes de la economía y la emergencia sanitaria, con altos grados de heterogeneidad según ramas de actividad, capacidades propias de las empresas y tamaño de los establecimientos. Diversos desafíos se plantean entonces: i) la atención de la precariedad y la situación social desde un abordaje integral que combine la situación de ingresos, asistencia y la generación de puestos de trabajo; ii) el acompañamiento de las transformaciones tecnológicas en el entramado productivo, la reducción de brechas de conocimientos y competencias, la articulación institucional y la consideración de los cambios recientes en las formas de trabajar.
This article examines the impacts of the COVID-19 pandemic on the labor market and production in the recent Argentine context, also highlighting the structural problems the country has been experiencing in recent decades. Based on a largely quantitative methodological approach, focusing on the major segmentations of the Argentine labor market and their implications at the sectoral level—particularly on industrial production—the article analyzes the pre-pandemic and current scenarios following the outbreak of the coronavirus. In particular, the pandemic reinforces the pre-existing fragility of the occupational and productive structure in a weak and variable socioeconomic context with long-standing problems. The diverse effects on occupational categories and job dualization demonstrate the severity of the situation, with integration problems and increasing precariousness as trends. On the other hand, the productive structure is affected by the recurring ups and downs of the economy and the health emergency, with high levels of heterogeneity depending on the sector of activity, company capabilities, and establishment size. Several challenges arise: i) addressing precariousness and the social situation from a comprehensive approach that combines income, assistance, and job creation; ii) supporting technological transformations in the productive structure, reducing knowledge and skills gaps, ensuring institutional coordination, and taking into account recent changes in working methods.
Este artigo examina os impactos da pandemia da COVID-19 no mercado de trabalho e na produção no contexto argentino recente, destacando também os problemas estruturais que o país vem enfrentando nas últimas décadas. Com base em uma abordagem metodológica predominantemente quantitativa, com foco nas principais segmentações do mercado de trabalho argentino e suas implicações no nível setorial — particularmente na produção industrial —, o artigo analisa os cenários pré-pandêmico e atual após o surto do coronavírus. Em particular, a pandemia reforça a fragilidade preexistente da estrutura ocupacional e produtiva em um contexto socioeconômico frágil e variável, com problemas de longa data. Os diversos efeitos sobre as categorias ocupacionais e a dualização de empregos demonstram a gravidade da situação, com problemas de integração e aumento da precariedade como tendências. Por outro lado, a estrutura produtiva é afetada pelos altos e baixos recorrentes da economia e pela emergência sanitária, com altos níveis de heterogeneidade dependendo do setor de atividade, das capacidades das empresas e do porte dos estabelecimentos. Diversos desafios se colocam: i) enfrentar a precariedade e a situação social a partir de uma abordagem integral que combine renda, assistência e geração de emprego; ii) apoiar as transformações tecnológicas na estrutura produtiva, reduzindo as lacunas de conhecimento e qualificação, garantindo a coordenação institucional e levando em consideração as mudanças recentes nos métodos de trabalho.
