La Constitución argentina, sancionada en 1853, impuso un límite al derecho de rebelión, un recurso que había sido habitual para dirimir las disputas políticas durante la primera mitad de siglo XIX. No obstante, durante las décadas de 1860 y 1870, diversos grupos recurrieron al uso de la fuerza como forma de intervención política, desafiando las tendencias centralizadoras del naciente Estado nacional. Este trabajo reconstruye y analiza un conjunto de prácticas implementadas por los exiliados entrerrianos en Brasil y Uruguay entre 1871 y 1876. El análisis de la correspondencia entre los líderes de los exiliados y diversos actores políticos de los tres países y de artículos periodísticos, da cuenta de algunos aspectos que rigieron las formas de hacer política y de construir poder en esta etapa. Entre ellos se destaca la utilización de diferentes recursos en los espacios fronterizos y de alianzas regionales que potenciaron la capacidad de desestabilización institucional de este grupo de exiliados, el cual se instituyó en árbitro de los sucesos locales y en un actor que era tenido en cuenta al momento de plantear distintas negociaciones y acuerdos a nivel provincial y nacional.
The Argentine Constitution, approved in 1853, imposed limits on the right to rebellion, a common recourse to resolve political disputes during the first half of the 19th century. However, during the 1860s and 1870s, various groups resorted to the use of force as a form of political intervention, challenging the centralizing tendencies of the nascent national state. This paper reconstructs and analyzes a set of practices implemented by Entre Ríos exiles in Brazil and Uruguay between 1871 and 1876. The analysis of correspondence between exile leaders and various political actors in the three countries, as well as newspaper articles, reveals some aspects that governed the ways of conducting politics and building power during this period. Among them, the use of various resources in border areas and regional alliances stood out, strengthening the institutional destabilization capacity of this group of exiles, who established themselves as the arbiters of local events and an actor taken into account when proposing various negotiations and agreements at the provincial and national levels.
A Constituição Argentina, aprovada em 1853, impôs um limite ao direito de rebelião, recurso que era comum para resolver disputas políticas durante a primeira metade do século XIX. No entanto, durante as décadas de 1860 e 1870, vários grupos recorreram ao uso da força como forma de intervenção política, desafiando as tendências centralizadoras do nascente Estado nacional. Este trabalho reconstrói e analisa um conjunto de práticas implementadas pelos exilados de Entre Ríos no Brasil e no Uruguai entre 1871 e 1876. A análise da correspondência entre os líderes dos exilados e diversos atores políticos dos três países e de artigos jornalísticos, dá conta de alguns aspectos que nortearam as formas de fazer política e de construir o poder nesta fase. Entre eles, destaca-se a utilização de diferentes recursos nas zonas fronteiriças e as alianças regionais que potenciaram a capacidade de desestabilização institucional deste grupo de exilados, que se estabeleceu como árbitro dos acontecimentos locais e como actor que foi tido em conta na proposta de diferentes negociações e acordos a nível provincial e nacional.