En el marco de una investigación en curso, cuyo objetivo es explorar algunas convergencias programáticas entre la sociología de Durkheim y la fenomenología de Husserl, argumentaré que la obra del padre de la sociología académica solo encuentra su sentido radical si se la comprende como una práctica de la fenomenología. Esta hipótesis fue formulada en todo su alcance por Edward Tiryakian, quien veía en Durkheim una fenomenología en ciernes. A pesar de las críticas recibidas por parte de Heap y Roth, dirigidas hacia algunas imprecisiones, sostendré que —con argumentos más cuidados y considerando aspectos no explorados por Tiryakian— esta tesis no ha perdido su vigencia. Con dicha inquietud en mente, presentaré una síntesis del debate que algunos importantes fenomenólogos dieron en torno a la obra de Durkheim con la intención de mostrar que, más allá de Tiryakian y de quienes continuamos su posición, hay un considerable consenso respecto de la posición de que en Durkheim se encuentra una práctica de la fenomenología.
Within the framework of an ongoing research, whose objective is to explore some programmatic convergences between Durkheim's sociology and Husserl's phenomenology, I will argue that the work of the father of academic sociology only finds its radical meaning if it is understood as a practice of phenomenology. This hypothesis was formulated in its full scope by Edward Tiryakian, who saw in Durkheim a phenomenology in the making. Despite the criticism received from Heap and Roth, directed towards some inaccuracies, I will maintain that—with more careful arguments and considering aspects not explored by Tiryakian—this thesis has not lost its validity. With this concern in mind, I will present a synthesis of the debate that some important phenomenologists gave around Durkheim's work with the intention of showing that, beyond Tiryakian and those of us who continue his position, there is a considerable consensus regarding the position of that in Durkheim we find a practice of phenomenology.
No quadro de uma investigação em curso, cujo objectivo é explorar algumas convergências programáticas entre a sociologia de Durkheim e a fenomenologia de Husserl, defenderei que a obra do pai da sociologia académica só encontra o seu significado radical se for entendida como uma prática da fenomenologia. Esta hipótese foi formulada em todo o seu alcance por Edward Tiryakian, que via em Durkheim uma fenomenologia em formação. Apesar das críticas recebidas de Heap e Roth, dirigidas a algumas imprecisões, defenderei que – com argumentos mais cuidadosos e considerando aspectos não explorados por Tiryakian – esta tese não perdeu a sua validade. Com esta preocupação em mente, apresentarei uma síntese do debate que alguns fenomenólogos importantes fizeram em torno da obra de Durkheim com a intenção de mostrar que, além de Tiryakian e daqueles de nós que continuamos a sua posição, há um consenso considerável sobre a posição daquele em Durkheim encontramos uma prática de fenomenologia.