En Argentina, entre 2003 y 2015, como producto de la continuidad en la negociación colectiva y la posibilidad que tuvieron los sindicatos de obtener mediante ella salarios que, en casi todo el período, superaron a la inflación anual, los trabajadores convencionados lograron remuneraciones que, fundamentalmente en las grandes empresas, alcanzaron valores próximos a los de sus superiores directos. Con la realización de horas extras y con los adicionales convencionales, la remuneración final era aún más alta que la de los mandos medios. Este fenómeno, conocido como solapamiento salarial, generó fuertes malestares entre los empleados jerárquicos, ya que tomaron conciencia que eran perjudicados en las negociaciones individuales con sus empleadores. Estas condiciones llevaron a varios grupos de estos trabajadores a crear sus propias organizaciones sindicales o a adherir a las que ya estaban conformadas. De esta forma, comenzaba a ponerse en jaque el modelo individualista de la carrera ligada al mérito individual. En este artículo indagamos acerca de las consecuencias de este último proceso, a partir del análisis cualitativo de convenios colectivos firmados por sindicatos de trabajadores jerárquicos, entre 2003 y 2015, y en entrevistas en profundidad a mandos medios de empresas transnacionales, a directivos de recursos humanos y consultores especializados.
In Argentina, between 2003 and 2015, as a result of the continuity in collective bargaining and the possibility that the unions had to obtain through it salaries that, in almost the entire period, exceeded annual inflation, the agreed workers achieved remunerations that, fundamentally in large companies, they reached values ??close to those of their direct superiors. With overtime and conventional additional work, the final remuneration was even higher than that of middle managers. This phenomenon, known as salary overlap, generated strong discomfort among hierarchical employees, as they became aware that they were disadvantaged in individual negotiations with their employers. These conditions led several groups of these workers to create their own union organizations or to join those that were already formed. In this way, the individualistic model of the career linked to individual merit began to be put in check. In this article we investigate the consequences of this last process, based on the qualitative analysis of collective agreements signed by unions of hierarchical workers, between 2003 and 2015, and in in-depth interviews with middle managers of transnational companies, human resources managers and specialized consultants.
Na Argentina, entre 2003 e 2015, como resultado da continuidade da negociação coletiva e da possibilidade que os sindicatos tiveram de obter através dela salários que, em quase todo o período, superaram a inflação anual, os trabalhadores pactuados alcançaram remunerações que, fundamentalmente em grandes empresas, atingiram valores próximos aos de seus superiores diretos. Com horas extraordinárias e trabalho adicional convencional, a remuneração final foi ainda superior à dos gestores intermédios. Esse fenômeno, conhecido como sobreposição salarial, gerou forte desconforto entre os funcionários hierárquicos, pois eles tomaram consciência de que estavam em desvantagem nas negociações individuais com seus empregadores. Estas condições levaram vários grupos destes trabalhadores a criarem as suas próprias organizações sindicais ou a aderirem às já constituídas. Dessa forma, o modelo individualista de carreira ligado ao mérito individual começou a ser colocado em xeque. Neste artigo investigamos as consequências deste último processo, com base na análise qualitativa de acordos colectivos celebrados por sindicatos de trabalhadores hierárquicos, entre 2003 e 2015, e em entrevistas em profundidade com quadros médios de empresas transnacionais, gestores de recursos humanos e gestores especializados. consultores.