El desarrollo de los nuevos modelos de organización del trabajo y el avance complementario de pautas flexibilizadoras del uso de la fuerza de trabajo, tuvieron como correlato un profundo cambio en las técnicas destinadas a la evaluación de los/las trabajadores/as. Así, el modelo típico del fordismo, el de las calificaciones, fue reemplazado por el de las competencias, mediante el cual se abandonó la fuerte relación del primero con la determinación de los saberes técnicos requeridos para cada puesto de trabajo para pasar a un sistema en el que la prioridad está puesta en la actitud individual. La consecuente individualización de las evaluaciones de desempeño puede derivar en una posible pérdida de objetividad de las mismas. En este artículo desarrollamos una comparación teórica entre el modelo de las calificaciones y el de las competencias, para luego analizar los efectos del modelo de las competencias sobre el empleo, el trabajo y las relaciones laborales en Argentina desde el gobierno de Menem en la década del 90 hasta el de Macri, finalizado en 2019. Para este último análisis recurrimos al relevamiento de la negociación colectiva a lo largo del periodo.
The development of new models of work organization and the complementary advance of more flexible guidelines for the use of the workforce, had as a correlation a profound change in the techniques for evaluating workers. Thus, the typical model of Fordism, that of qualifications, was replaced by that of competencies, through which the strong relationship of the former with the determination of the technical knowledge required for each job position was abandoned to move to a system in which the priority is placed on the individual attitude. The consequent individualization of performance evaluations can lead to a possible loss of their objectivity. In this article we develop a theoretical comparison between the qualifications model and the competencies model, to then analyze the effects of the competencies model on employment, work and labor relations in Argentina since the Menem government in the 1990s. 90 until Macri's, completed in 2019. For this last analysis we resorted to the survey of collective bargaining throughout the period.
O desenvolvimento de novos modelos de organização do trabalho e o avanço complementar de diretrizes mais flexíveis para a utilização da força de trabalho tiveram como correlação uma profunda mudança nas técnicas de avaliação dos trabalhadores. Assim, o modelo típico do fordismo, o das qualificações, foi substituído pelo das competências, através do qual a forte relação do primeiro com a determinação dos conhecimentos técnicos exigidos para cada cargo foi abandonada para passar a um sistema em que a prioridade é colocado na atitude individual. A consequente individualização das avaliações de desempenho pode levar a uma possível perda da sua objetividade. Neste artigo desenvolvemos uma comparação teórica entre o modelo de qualificações e o modelo de competências, para depois analisar os efeitos do modelo de competências sobre o emprego, o trabalho e as relações trabalhistas na Argentina desde o governo Menem na década de 1990 até o governo Macri, concluído em 2019. . Para esta última análise recorremos ao levantamento da negociação colectiva ao longo do período.