Resumen:
O padrão de sociabilidade forjado pelo capital não pode ser superado por decreto, como num passe de mágicas, ou ainda pela simples socialização dos meios de produção. O objetivo desta pesquisa é verificar se, e, em que medida o processo autogestionário em quatro Organizações de Trabalho Associado impulsiona transformações cotidianas das relações de trabalho, e se está relacionado a outras perspectivas mais amplas de luta política e pela emancipação. Tal abordagem, influenciada pela pesquisa-ação e pela enquete operária, interpreta o impacto da relação (autogestão x consciência) e os seus condicionantes, para problematizar os limites e as possibilidades da autogestão como mediação para aprimorar o processo de consciência e autodeterminação dos/as trabalhadores/as, ou seja: as rupturas e as continuidades do Trabalho Associado com a antiga forma merecem e precisam ser desvendadas. A motivação desta pesquisa advém dos 20 anos de experiência do Núcleo de Economia Solidária e Incubação de Cooperativas (NESIC). Os resultados desta reflexão podem constituir um importante termômetro para a atuação (técnica e política) dos núcleos de assessoria empenhados com a profunda e contínua autonomia dos sujeitos que protagonizam estas organizações.La motivación de esta investigación proviene de los 20 años de experiencia del Núcleo de Economía Solidaria e Incubación de Cooperativas (NESIC). Los resultados de esta reflexión pueden constituir un importante termómetro para la actuación (técnica y política) de los núcleos de asesoría comprometidos con la profunda y continua autonomía de los sujetos que protagonizan estas organizaciones.