Este artículo se propone investigar en qué medida las acciones de la CUT y la CGT alteraron la agenda laboral de los gobiernos del Partido de los Trabajadores (PT) y el kirchnerismo entre 2003 y 2014, y explorar si sus prácticas, discursos y resultados pueden interpretarse como un proceso de revitalización o recuperación sindical en Brasil y Argentina. En primer lugar, se analizan las transformaciones en el mercado de trabajo y las relaciones laborales. En segundo lugar, se mapean las acciones de los sindicatos en respuesta a los principales conflictos en torno a aspectos centrales de la relación laboral. La investigación muestra que las demandas de la CUT y la CGT se centran en gran medida en la esfera económica, sin lograr cambios importantes en elementos relacionados con las condiciones de trabajo, los métodos de contratación y la jornada laboral. Ambos sindicatos priorizaron la acción institucional, lo que limitó la capacidad del movimiento sindical para revertir el proceso de flexibilización en las relaciones laborales, lo que permite discutir la tesis de la revitalización sindical en estos países.
This article aims to investigate the extent to which the actions of the CUT and CGT altered the labor agenda of the Workers' Party (PT) and Kirchnerist governments between 2003 and 2014 and to explore whether their practices, discourse, and results can be interpreted as a process of union revitalization or recovery in Brazil and Argentina. First, the transformations in the labor market and labor relations are analyzed. Second, the actions of the unions in response to the main conflicts surrounding core aspects of the employment relationship are mapped. The research shows that the demands of the CUT and CGT are largely focused on the economic sphere, without achieving major changes in elements related to working conditions, hiring methods, and working hours. Both unions prioritized institutional action, which limited the union movement's ability to reverse the process of flexibilization in labor relations, allowing for a discussion of the thesis of union revitalization in these countries.
Neste artigo, tem-se como objetivo investigar em que medida a atuação da CUT e da CGT alterou a agenda do trabalho dos governos petistas e kirchneristas entre 2003 e 2014 e, ainda, indagar se suas práticas, seus discursos e seus resultados podem ser interpretados como um processo de revitalização ou recuperação sindical no Brasil e na Argentina. Em primeiro lugar, analisam-se as transformações no mercado e nas relações de trabalho. Num segundo momento, mapeiam-se as ações das centrais frente aos principais embates em torno dos aspectos centrais da relação de emprego. A pesquisa mostra que as reivindicações da CUT e da CGT se concentram majoritariamente no campo econômico, sem lograr maiores mudanças nos elementos que versam sobre as condições de trabalho, suas modalidades de contratação e a jornada laboral. Ambas as centrais privilegiaram uma atuação no âmbito institucional, o que limitou a capacidade de o movimento sindical reverter o processo de flexibilização das relações laborais, permitindo problematizar a tese da revitalização sindical nesses países.
