Con el Spaccio, la filosofía Nolana comienza a virar de una perspectiva metafísico-ontológica hacia una perspectiva ético-político-religiosa. En este sentido, el lugar bisagra que ocupa el Spaccio en la producción bruniana en general, y en el proyecto de los Dialoghi Italiani en particular, lo hace merecedor de gran atención para la comprensión de su propuesta filosófica. En este diálogo en particular comienza a delinearse como en ningún otro la propuesta filosófica bruniana de reformar no sólo la visión que se tiene del hombre y de la naturaleza, sino incluso de Dios, y de la relación entre estas tres instancias.
La principal cuestión que abordaremos en el presente trabajo es la existencia de implicancias prácticas y políticas del pensamiento naturalista y monista del filósofo renacentista Giordano Bruno. Por consiguiente, no sólo buscaremos señalar la importancia que tiene el carácter político del proyecto de los Dialoghi Italiani en la producción del filósofo de Nola; sino también subrayar la relevancia de entender a Giordano Bruno como un pensador de la crisis de su tiempo, es decir, un filósofo que se preocupa por las cuestiones políticas y sociales desarrollados en su propio contexto histórico-filosófico. Desde nuestra perspectiva, la filosofía Nolana no puede comprenderse si no se tiene en cuenta que dicha filosofía es una respuesta teórica y práctica a la crisis —filosófica, religiosa y política— que sufría Europa a finales del siglo XVI.
With the Spaccio, Nolana philosophy begins to turn from a metaphysical-ontological perspective towards an ethical-political-religious perspective. In this sense, the pivotal place that the Spaccio occupies in Brunian production in general, and in the Dialoghi Italiani project in particular, makes it worthy of great attention for the understanding of its philosophical proposal. In this particular dialogue, the Brunian philosophical proposal to reform not only the vision of man and nature, but even of God, and the relationship between these three instances, begins to be outlined like no other. The main question that we will address in this work is the existence of practical and political implications of the naturalistic and monistic thought of the Renaissance philosopher Giordano Bruno. Consequently, we will not only seek to point out the importance of the political nature of the Dialoghi Italiani project in the production of the philosopher from Nola; but also underline the relevance of understanding Giordano Bruno as a thinker of the crisis of his time, that is, a philosopher who is concerned with political and social issues developed in his own historical-philosophical context. From our perspective, Nolan philosophy cannot be understood if we do not take into account that said philosophy is a theoretical and practical response to the crisis—philosophical, religious and political—that Europe was suffering at the end of the 16th century.
Com o Spaccio, a filosofia de Nolana começa a passar de uma perspectiva metafísica-ontológica para uma perspectiva ético-político-religiosa. Nesse sentido, o lugar central que o Spaccio ocupa na produção bruniana em geral, e no projeto Dialoghi Italiani em particular, torna-o digno de grande atenção para a compreensão da sua proposta filosófica. Neste diálogo particular, a proposta filosófica bruniana de reforma não só da visão do homem e da natureza, mas mesmo de Deus, e da relação entre estas três instâncias, começa a ser delineada como nenhuma outra. A principal questão que abordaremos neste trabalho é a existência de implicações práticas e políticas do pensamento naturalista e monista do filósofo renascentista Giordano Bruno. Consequentemente, não buscaremos apenas apontar a importância do caráter político do projeto Dialoghi Italiani na produção do filósofo de Nola; mas também sublinham a relevância de compreender Giordano Bruno como um pensador da crise do seu tempo, ou seja, um filósofo que se preocupa com questões políticas e sociais desenvolvidas no seu próprio contexto histórico-filosófico. Do nosso ponto de vista, a filosofia de Nolan não pode ser compreendida se não tivermos em conta que a referida filosofia é uma resposta teórica e prática à crise – filosófica, religiosa e política – que a Europa sofria no final do século XVI.