La desarticulación retórica del discurso filosófico

Abstract

En este trabajo analizo algunos de los argumentos clásicos que la tradición retórica contrapone al discurso filosófico. Para ello, comienzo sobrevolando las características que definen al discurso filosófico de filiación platónico-cartesiana, y que son relevantes para la querella con la retórica. Luego intento elaborar un ataque en dos frentes. Por un lado, me detengo en la rehabilitación de la doxa (sentido común) como elemento vital del discurso práctico, en contra de la depreciación a que se ve sometida bajo el enfoque universalista de la filosofía. Luego, tomando como base la noción de sentido común, analizo la idea de "auditorio", esencial para la retórica, y la consiguiente pluralidad de esferas de validez que conlleva. Dicha pluralidad horizontal contrasta con el monismo verticalista del discurso filosófico. Finalmente, en la conclusión dejo abierto uno de los problemas más urgentes de este movimiento pluralista que propone la retórica.

In this work I analyze some of the classic arguments that the rhetorical tradition contrasts with philosophical discourse. To do this, I begin by flying over the characteristics that define the philosophical discourse of Platonic-Cartesian affiliation, and that are relevant to the dispute with rhetoric. Then I try to build a two-pronged attack. On the one hand, I focus on the rehabilitation of doxa (common sense) as a vital element of practical discourse, against the depreciation to which it is subjected under the universalist approach to philosophy. Then, based on the notion of common sense, I analyze the idea of ??"audience", essential for rhetoric, and the consequent plurality of spheres of validity that it entails. This horizontal plurality contrasts with the vertical monism of philosophical discourse. Finally, in the conclusion I leave open one of the most urgent problems of this pluralist movement that rhetoric proposes.

Neste trabalho analiso alguns dos argumentos clássicos que a tradição retórica contrasta com o discurso filosófico. Para isso, começo por sobrevoar as características que definem o discurso filosófico de filiação platônico-cartesiana e que são relevantes para a disputa com a retórica. Então tento construir um ataque em duas frentes. Por um lado, concentro-me na reabilitação da doxa (senso comum) como elemento vital do discurso prático, contra a depreciação a que está sujeita sob a abordagem universalista da filosofia. Em seguida, com base na noção de bom senso, analiso a ideia de “público”, essencial para a retórica, e a consequente pluralidade de esferas de validade que ela acarreta. Esta pluralidade horizontal contrasta com o monismo vertical do discurso filosófico. Por fim, na conclusão deixo em aberto um dos problemas mais urgentes deste movimento pluralista que a retórica propõe.