Sociología y regímenes autoritarios. La Carrera de Sociología de la UBA y los circuitos académicos alternativos durante los "años de plomo"

Abstract

Este artí­culo busca analizar el desarrollo de la sociologí­a argentina durante el perí­odo iniciado a mediados de 1974 con la intervención represiva de las universidades y continuado luego por la dictadura militar. Con base en una perspectiva sociohistórica, el artí­culo hace foco en lo ocurrido en la carrera de Sociologí­a de la Universidad de Buenos Aires (UBA) y en las principales instituciones alternativas: los centros de investigación privados y las universidades privadas. El análisis, basado en distintos materiales documentales y entrevistas, procura dar cuenta de los efectos del contexto represivo en la práctica de la sociologí­a y sus instituciones. Se mostrará cómo las dificultades para llegar a públicos o clientelas más amplios impulsaron el desarrollo de una sociologí­a crecientemente “ensimismada”, cuya relevancia o pertinencia social no siempre resultaba clara para sus propios cultores.

This article seeks to analyze the development of Argentine sociology during the period that began in mid-1974 with the repressive intervention of the universities and continued later by the military dictatorship. Based on a sociohistorical perspective, the article focuses on what happened in the Sociology degree at the University of Buenos Aires (UBA) and in the main alternative institutions: private research centers and private universities. The analysis, based on different documentary materials and interviews, seeks to account for the effects of the repressive context on the practice of sociology and its institutions. It will be shown how the difficulties in reaching broader audiences or clienteles drove the development of an increasingly “self-absorbed” sociology, whose relevance or social pertinence was not always clear to its own cultists.

Este artigo procura analisar o desenvolvimento da sociologia argentina durante o período que começou em meados de 1974 com a intervenção repressiva das universidades e continuou posteriormente pela ditadura militar. A partir de uma perspectiva sócio-histórica, o artigo enfoca o que aconteceu na licenciatura em Sociologia da Universidade de Buenos Aires (UBA) e nas principais instituições alternativas: centros de pesquisa privados e universidades privadas. A análise, baseada em diversos materiais documentais e entrevistas, procura dar conta dos efeitos do contexto repressivo na prática da sociologia e nas suas instituições. Será mostrado como as dificuldades em alcançar públicos ou clientelas mais vastos impulsionaram o desenvolvimento de uma sociologia cada vez mais “egoísta”, cuja relevância ou pertinência social nem sempre foi clara para os seus próprios cultistas.