Este artículo presenta los resultados preliminares de una investigación cualitativa que aborda la reconfiguración de la enseñanza y del trabajo docente en escuelas secundarias de la Región Educativa IX de la provincia de Buenos Aires, en el contexto de interrupción de las clases presenciales en el marco de la pandemia y la consecuente política de continuidad pedagógica. Se analiza cómo la pandemia dejó en evidencia los mecanismos de diferenciación social y sus efectos en laprofundización de las desigualdades educativas. A través de entrevistas grupales se relevaron las decisiones que tomaron inspectores, directivos y docentes de escuelas secundarias, para sostener el vínculo pedagógico en un escenario que interrumpe el "hacer escuela en presencia". Estas decisiones dan cuenta del proceso de reapropiación de la política en las escuelas bajo realidades simbólicas y materiales desiguales. Las reapropiaciones están condicionadas por la gramática de la escolaridad, el modelo organizacional y la configuración histórica del trabajo docente en la escuela secundaria (la estructura del puesto de trabajo, los saberes docentes disponibles). El cambio de las condiciones de escolarización, dado el pasaje de la enseñanza presencial a distintas formas de enseñanza no presencial, tensionaron y alteraron disposiciones y saberes poniendo al descubierto nuevas desigualdades.
This article presents the preliminary results of a qualitative research that addresses the reconfiguration of teaching and teaching work in secondary schools in the Educational Region IX of the province of Buenos Aires, in the context of interruption of face-to-face classes within the framework of the pandemic and the consequent pedagogical continuity policy. It analyzes how the pandemic revealed the mechanisms of social differentiation and its effects on the deepening of educational inequalities. Through group interviews, the decisions made by inspectors, directors and teachers of secondary schools were revealed to sustain the pedagogical link in a scenario that interrupts "doing school in person." These decisions account for the process of reappropriation of politics in schools under unequal symbolic and material realities. Reappropriations are conditioned by the grammar of schooling, the organizational model and the historical configuration of teaching work in secondary school (the structure of the job, the available teaching knowledge). The change in schooling conditions, given the transition from face-to-face teaching to different forms of non-face-to-face teaching, stressed and altered dispositions and knowledge, revealing new inequalities.
Este artigo apresenta os resultados preliminares de uma pesquisa qualitativa que aborda a reconfiguração da docência e do trabalho docente nas escolas secundárias da Região Educacional IX da província de Buenos Aires, no contexto da interrupção das aulas presenciais no âmbito da a pandemia e a consequente política de continuidade pedagógica. Analisa como a pandemia revelou os mecanismos de diferenciação social e seus efeitos no aprofundamento das desigualdades educacionais. Por meio de entrevistas em grupo, foram reveladas as decisões tomadas por inspetores, diretores e professores de escolas secundárias para sustentar o vínculo pedagógico num cenário que interrompe o “fazer escola presencial”. Estas decisões dão conta do processo de reapropriação da política nas escolas sob realidades simbólicas e materiais desiguais. As reapropriações são condicionadas pela gramática da escolarização, pelo modelo organizacional e pela configuração histórica do trabalho docente no ensino médio (a estrutura do trabalho, os saberes docentes disponíveis). A mudança nas condições de escolarização, dada a transição do ensino presencial para diferentes formas de ensino não presencial, sublinhou e alterou disposições e conhecimentos, revelando novas desigualdades.
