Esta tesis se sustenta en una etnografía realizada entre 2016 y 2023 en un barrio periférico de una agrolocalidad media bonaerense. La investigación documenta y analiza el modo en que se configura y se transforma la trama de cuidados y violencias que atraviesa la vida de las familias de sectores populares en este barrio que, durante la última década, ha experimentado un proceso de gentrificación, intensificado por la pandemia. Desde un enfoque interseccional pongo de relieve el rol central que en este escenario adquieren tanto la infancia (en su carácter de noción siempre disputada) como lxs niñxs de carne y hueso, pertenecientes a sectores populares y generalmente de ascendencia moqoit, con quienes he trabajado. Se problematizan conflictos y disputas tanto por el espacio público como por los sentidos en torno a qué significa cuidar, a quién hay que cuidar, quienes cuidan y qué es (o no) violento. A la vez, se identifican dinámicas estructurales propias del avance del neoliberalismo y estrategias que las mujeres adultas y lxs niñxs despliegan para poder sostener la vida. En esta misma dirección, exploro un proceso de comunalización en ciernes en clave moqoit.
Esta tese se baseia em uma etnografia realizada entre 2016 e 2023 em um bairro periférico de uma agrolocalidade de médio porte na “provincia” de Buenos Aires. A pesquisa documenta e analisa a forma como se configura e se transforma a trama de cuidado e violência que atravessa a vida das famílias dos setores populares deste bairro que, durante a última década, viveu um processo de gentrificação, intensificado pela pandemia. A partir de uma abordagem interseccional destaco o papel central que neste cenário adquirem tanto a infância (no seu carácter de noção sempre disputada) como as crianças reais, pertencentes a sectores populares e geralmente de ascendência Moqoit, com quem tenho trabalhado. Conflitos e disputas são problematizados tanto no espaço público quanto nos sentidos em torno do que significa cuidar, de quem precisa ser cuidado, de quem cuida e do que é (ou não) violento. Ao mesmo tempo, são identificadas dinâmicas estruturais típicas do avanço do neoliberalismo e estratégias que mulheres adultas e crianças utilizam para poder sustentar a vida. Nessa mesma direção, exploro um incipiente processo de comunalizão enquanto Moqoit.
This thesis is based on an ethnography carried out between 2016 and 2023 in a peripheral neighborhood of a medium-sized Buenos Aires agrolocality. The research documents and analyzes the way in which the web of care and violence that runs through the lives of families from popular sectors in this neighborhood is configured and transformed, which, during the last decade, has experienced a process of gentrification, intensified by the pandemic. From an intersectional approach I highlight the central role that in this scenario both childhood (in its character as an always disputed notion) and the real children, belonging to popular sectors and generally of Moqoit descent, with whom I have worked, acquire. Conflicts and disputes are problematized both in public space and in the senses around what it means to care, who needs to be cared for, who cares, and what is (or is not) violent. At the same time, structural dynamics typical of the advance of neoliberalism and strategies that adult women and children deploy to be able to sustain life are identified. In this same direction, I explore a budding process of communalization in Moqoit key.
Fil: Morano, Luisina. Universidad Nacional de General Sarmiento. Instituto de Ciencias; Argentina.